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Características, valores e interesses em comum não se limitam mais a uma mesma geração. Mas uma coisa é certa: todas elas ainda se conectam pelo entretenimento. É o que a Box1824 identificou num novo estudo, que aponta que o foco da conversa mudou do "Quantos anos você tem?" para o "Do que você gosta?" – e isso tem tudo a ver com o TikTok.
Falar de gerações é, do ponto de vista mercadológico, falar sobre pessoas de uma mesma faixa etária com características, valores e interesses em comum. Mas na real, hoje a gente sabe que essas características, valores e interesses em comum não se limitam a um mesmo recorte de idade. Eles podem muito bem ser compartilhados de forma transgeracional.
Se nas últimas décadas, as gerações serviram como uma forma de simplificar a visão sobre um grupo delimitado de pessoas, o acesso aberto a novas tecnologias e meios de comunicação ampliou os horizontes do que as define. Com a possibilidade de criar representações de si mesmas por meio da tecnologia, as próprias pessoas criaram uma multiplicidade de visões sobre cada recorte etário, pluralizando o conceito de gerações.
É o que a gente identificou num novo estudo feito com a Box1824: a conversa hoje está muito menos no "Quantos anos você tem?" e mais no "Do que você gosta?" – e isso tem tudo a ver com o TikTok.* Mas antes de mergulhar nisso, bora dar um passo atrás.
Simplificando o conceito, as pessoas de uma mesma geração dividem uma mesma faixa etária e um mesmo período no tempo. Aí, por consequência, compartilham os mesmos momentos na história, passando juntas por uma série de eventos coletiva (mudanças sociais, políticas e econômicas) e individualmente (estudos, relacionamentos, carreira). São esses eventos compartilhados num mesmo contexto temporal que reforçam a ideia de que cada geração tem sua essência.
Essa essência molda o que significa ser criança, jovem, adulto ou maduro num certo período de tempo. Ela também indica os diferentes valores, comportamentos e visões de mundo que toda uma geração carrega. Portanto, gerações têm sido consideradas nada mais do que um conjunto de consensos ou estereótipos sobre as pessoas num mesmo espaço-tempo. Mas já deu pra sacar que não é mais bem assim, né?
Nas últimas décadas, a imagem que a gente tem de gerações foi achatada pela mídia offline e suas limitações de tempo e espaço. Gerações se tornaram produtos, numa construção mais limitante em torno de idades, pouco aspiracional para os brasileiros. Num tempo em que a gente tinha só uma grade fixa de programação, era preciso uma forma de conseguir fazer o match geracional, alinhando horário a quem estaria assistindo.
Só que a revolução tecnológica e a sociedade conectada que vimos surgir nos últimos poucos anos viraram a mesa dessa visão meio simplista demais. Aqueles "blocos" que a gente tinha antes, de cada geração na sua caixinha, começaram a ser quebrados conforme mais pessoas tiveram espaço pra falar de si mesmas, abrindo as janelas para novas e diferentes perspectivas e visões de mundo transgeracionais.
Essa diluição das fronteiras pelo digital não mexe na gente só como grupos, mas também como indivíduos. Com mais acessos, a gente é colocado em contato com cada vez mais referências, o que influencia no nosso entendimento e na construção da nossa identidade. O resultado disso? Indivíduos mais complexos e menos definidos pela idade e pelo que se espera dela.
Com mais pessoas podendo falar de si mesmas – sobre o que gostam, no que acreditam, pelo que estão passando – e com identidades mais complexas, rolou o que a gente comentou lá em cima: a velha pergunta de "Quantos anos você tem?" vem perdendo a relevância. Hoje, o que parece fazer mais sentido perguntar é do que você gosta, ou seja, quais são seus interesses. Qual a sua comida favorita? Que séries está assistindo? O que anda ouvindo? O que você faz pra se divertir? O acesso maior à tecnologia pluralizou o significado das gerações, enfim.
Calma lá, não quer dizer que as gerações acabaram. Ainda existem consensos, porque as gerações são filhas do seu tempo, não tem jeito. Vamos tomar o entretenimento como exemplo: a pesquisa da Box1824 mostrou que ele é essencial para todas as gerações, e que cada uma tem sua forma única de se relacionar com o tema aqui no Brasil. Para um Gen Z, é a hora de relaxar. Para um Millennial, é a hora de produzir. Para alguém da geração X, é aquele tempo de qualidade com a família. Por fim, para o Baby Boomer, entretenimento é o "me time".
Mas na realidade em que a gente vive, falar das idades e tentar construir estereótipos não é mais suficiente pra compreender o comportamento das pessoas. Aí, mesmo nas diferenças, a gente encontra semelhanças.
Nosso estudo identificou 8 encontros geracionais, e a gente vai entrar mais a fundo neles no próximo artigo dessa série. Mas ainda tomando o entretenimento como exemplo, mesmo se relacionado com o tema de formas únicas, as gerações compartilham de um mesmo ponto de vista sobre: ele dá a todas elas tempo pra respirar.
Num cenário em que a descompressão virou uma necessidade básica, o entretenimento ganha força como uma ferramenta transgeracional para dar fôlego ao brasileiro – seja para desenvolver ou só para relaxar mesmo. É aqui que esse papo se conecta muito com o TikTok.
Afinal, não dá pra falar de entretenimento sem falar do TikTok.
Num passado nem-tão-distante assim, o controle do conteúdo (e do entretenimento) estava nas mãos de meios de comunicação. Quer ver um programa específico? É naquele horário, pronto e acabou.
A coisa começou a mudar de figura com a entrada de opções sob demanda na jogada. De reality shows até os serviços de streaming e as plataformas sociais, as pessoas começaram a ter o poder de decidir o que e quando querem consumir conteúdo. A dinâmica de produtores versus consumidores ficou mais horizontal.
O auge disso vem no TikTok, que opera numa lógica me-oriented, diferente das redes sociais em formatos, conteúdos e tipos de interação. A curadoria de conteúdo é personalizada para os usuários verem só o que gostam, mas abre inúmeras janelas para novos conteúdos relacionados às suas maiores áreas de interesse.
É do me-oriented que vão surgir experiências cada vez mais centradas na perspectiva única que cada um pode trazer. É sobre sentir que a página "Para você" traz exatamente o que você gosta – e até o que você nem sabia que gostava.
São diferentes tópicos, interesses e perfis de pessoas, criando uma pluralidade de conexões cada vez menos óbvias. Aqui, a gente está falando de nichos dos mais diversos, que podem se conectar com as paixões de cada um de forma única.
É o contraponto da toxicidade e da necessidade de aprovação próprias da cultura das redes sociais. No TikTok, você pode ser quem você quiser ou até ficar no anonimato, sem a pressão de performar a sua melhor versão.
A diversidade de creators e assuntos favorece a conexão de pessoas dos mais diferentes tipos e estilos (e faixas etárias) com diferentes temas. A profusão de pessoas criando sobre tantos assuntos torna fácil encontrar alguém com quem você se identifica.
Ao oferecer um espaço que incentiva a criatividade, a imaginação e a auto-expressão, o TikTok é capaz de gerar novas tendências e lançar músicas e creators. Tudo isso influencia a cultura popular e a produção de conteúdo de forma constante, diversa e inclusiva. O TikTok democratiza a possibilidade de se tornar um creator.
Não é à toa que o TikTok é o único app que as pessoas dizem usar principalmente pra "levantar meu ânimo", e permite ainda que cada geração se aproprie do TikTok de uma forma única.** A maioria das pessoas em todas as quatro concorda que é fácil baixar e começar a usar o app – e metade das pessoas, que é fácil produzir conteúdo na plataforma.
Legal, então bora botar a mão na massa? Para uma marca, como fazer parte desse mundinho de uma forma que atravesse as gerações?
A gente já deu algumas dicas pra aproveitar a criatividade pra romper essa barreira, e também trouxe alguns insights pra você começar a pensar transgeracional. Mas vamos dar um passo adiante. Aqui estão 10 passos pra você considerar na hora de pensar na sua estratégia como um todo:
Vá além da comunicação dos outros meios e aproveite a dinâmica super personalizada da página "Para você" pra ficar por dentro dos temas e interesses relacionados à sua audiência. Não deixe de testar ideias, formas de conteúdo e criadores constantemente pra conseguir insights acionáveis.
Tem quem considere o entretenimento uma ferramenta pra se desenvolver e tem quem use só pra relaxar, seja num break de trabalho, em atividades em casa ou momentos de aprendizagem. Independente do foco que a pessoa tem no me-time, invista no apelo que o TikTok tem para ambas as funções, sempre com uma ótica hiper-personalizada.
Deixa disso e vá além da segmentação por faixa etária. Aposte nas comunidades. Tem muitas opções de audiências pra você explorar: por comportamentos, interesses, hashtags, além de opções customizadas de acordo com os perfis dos seus clientes.
Com audiências prontas, customize sua comunicação pra cada grupo e ative-as em campanhas de tráfego para o seu site ou app. Crie uma lista de diferentes ângulos possíveis para conversas relacionadas ao tema da sua campanha.
O TikTok é um almanaque dos assuntos e temas não óbvios, que também podem ser tangibilizados por encontros não previsíveis. Isso ajuda a sua marca a nunca ficar sem um bom motivo pra conversar e interagir, apostando em nichos diversos.
Conecte-se com as comunidades e aproveite para encontrar as trends que surgem no TikTok dentro de cada uma delas.
As pessoas se preocupam cada vez mais com a qualidade do tempo online. Então, crie conteúdos que proporcionem sensações e sentimentos bons, livres de gatilhos.
Chega de glamourização. Os usuários do TikTok se identificam com o conteúdo quando percebem que podem se expressar como elas realmente são.
Conecte seu conteúdo orgânico ao pago com uma estratégia always engaged ao longo do ano, focando nas comunidades do TikTok.
Aproveite a linguagem e a autenticidade dos creators para falar dos assuntos da sua marca e se aproximar dos usuários.
Com essas ações, você deve conseguir posicionar sua marca com mais destaque no TikTok – e se conectar com todas as gerações nesse universo transgeracional que a gente vive hoje. Tá esperando o que pra começar?
Esse artigo é o primeiro de uma série de seis que serão publicados no decorrer de junho, julho e agosto. Se não quiser perder, assine a newsletter do TikTok for Business e se liga nos nossos canais.